A insistência do prefeito Eraldo Paiva em fazer um empréstimo de R$ 98 milhões em cima de um empréstimo que já existe tem causado preocupação no funcionalismo público. Preocupação maior porque na sessão de ontem, na Câmara Municipal, o presidente Geraldo Veríssimo afirmou que solicitou um estudo financeiro e alegou que o município não está em condição de contratar novo empréstimo.
O que Eraldo quer é “passar a boiada”. Usar a maioria da base aliada de vereadores na Câmara para aprovar em regime de urgência um projeto de lei sem debater com a classe política e a sociedade. Ao aprovar essa proposta, a Câmara Municipal pode cometer um erro gravíssimo de ajudar o prefeito a endividar a Prefeitura e gerar uma bomba fiscal.
Eraldo herdou uma gestão financeiramente equilibrada e com mais de R$ 20 milhões nas contas, mas já está sofrendo as consequências da irresponsabilidade administrativa que tem cometido desde que assumiu. Agora, alega não ter dinheiro para bancar as contrapartidas das obras deixadas pelo prefeito Paulinho que ele está inaugurando e usando para fazer mídia.
Ao endividar a Prefeitura, contraindo mais despesas, o resultado será atraso de salários dos servidores efetivos, cargos comissionados e calote nos fornecedores. A bomba fiscal que Eraldo está preparando pode ser um “presente de grego” para o próximo gestor, que certamente não será ele.